Eric -Vincent, um pai angustiado cujo filho desapareceu, encontra consolo em sua amizade com Eric, o monstro que vive embaixo da cama de Edgar.

 

Personagens

 

A História

Quando Edgar, um menino de 9 anos, desaparece em Manhattan nos anos 1980, seu angustiado pai, Vincent, um marionetista do principal programa infantil de TV da América, encontra consolo em sua amizade com Eric, o monstro que vive debaixo da cama de Edgar. Na sua busca para descobrir a verdade sobre o desaparecimento de Edgar, Vincent é forçado a entrar nas sombras escuras de uma cidade repleta de corrupção para descobrir que os verdadeiros monstros vivem muito mais perto de casa. Tendo como pano de fundo a epidemia de AIDS dos anos 1980, o detetive Ledroit, encarregado de descobrir a corrupção interna na polícia de Nova York, se vê atraído pela busca por Edgar, enquanto, em particular, aceita seus próprios segredos.

 

 

Pode Ver Sem Medo?

Bem-vindo a Nova York da década de 1980!

ERIC se passa na Nova York  de 1985, a série começa com Vincent e sua esposa Cassie em uma entrevista para a TV sobre o desaparecimento de seu filho Edgar de 9 anos, mas então, voltamos 48 horas antes para saber um pouco do contexto da vida dessa família e como ocorreu o desaparecimento.

Vemos Edgar desenhando personagens em seu caderno. Ele está no set de "Good Day Sunshine", um programa infantil co-criado por Vincent Anderson, do tipo “Vila Sésamo”. A atmosfera é animada, com Vincent e outros titereiros (pessoa que cria, manipula e opera marionetes ou fantoches) trazendo seus personagens à vida diante de um público de crianças encantadas.

A tensão começa quando Lennie (Dan Fogler), o showrunner, sugere adicionar beatboxing à música do programa. Vincent se opõe firmemente, argumentando que o programa não deve seguir tendências (lembre-se, estamos em 1985). No caminho para casa, vemos a raiva latente de Vincent e os desafios do bairro difícil onde vivem.

Em casa, Edgar presencia cenas rotineiras de seus pais discutindo. Apesar de incentivar Edgar a desenhar, Vincent não dá a devida atenção quando Edgar apresenta um novo personagem, um monstro chamado Eric.

Na manhã seguinte, após mais uma briga entre Vincent e Cassie (Gaby Hoffmann), Edgar vai sozinho para a escola. Esta é a última vez que seus pais o veem. Vincent, distraído e com um corte na cabeça, ignora as mensagens de Cassie e só descobre à noite que Edgar não voltou da escola.

Logo de cara fica claro que Vincent é um tremendo bosta, ele machuca frequentemente as pessoas que ama, irrita seus colegas de trabalho com reclamações ininterruptas sobre tudo, é um péssimo pai e marido, tem surtos de violência, se acha o centro do universo, só seus desejos importam. E ele sabe muito bem de suas falhas.

Em sua busca desesperada por Edgar, Vincent, quando não está bebendo ou se convencendo de que Edgar apenas fugiu, tem uma ideia. Edgar estava tentando mostrar ao pai um novo desenho de fantoche, querendo fazer parte do mundo dele.

Vincent então tenta lembrar tudo o que Edgar contou sobre o desenho do monstro azul, chamado Eric. Convencido de que, se construir Eric e colocá-lo na TV, Edgar voltará para casa, ele se dedica a isso.

A história é rastreada por duas tramas paralelas: um detetive de pessoas desaparecidas (interpretado de forma emocionante por McKinley Belcher III) lidera a investigação oficial do NYPD, enquanto Vincent, sozinho, avança em sua própria busca equivocada. Vivendo em seu mundo de fantasia, centrado no sol falso de seu programa de TV, Vincent só consegue lidar com a situação convencendo-se a construir o Eric.

E o pano de fundo entre as duas histórias é o cenário compartilhado: uma visão corajosa da Manhattan em decadência dos anos 1980. E todo o cenário político e social dessa época se entrelaça na trama de forma perfeita, dando munição para cada arco da narrativa.

Ledroit é um talentoso detetive de polícia que não consegue desistir de um caso e não aceita colegas corruptos. Quando o conhecemos, ele assume o caso de Edgar enquanto trabalha em casos mais antigos.

O fato de Ledroit ser um dos poucos detetives negros da polícia de Nova York e um homem gay enrustido (no auge da epidemia de AIDS) não torna as coisas mais fáceis.

Seguimos Ledroit enquanto ele tenta encontrar pistas sobre o desaparecimento de Edgar e ainda procura por um menino de 14 anos que desapareceu quase um ano antes. Esse menino era negro e o caso não recebeu tanta atenção. Porém, Ledroit acredita que a cor da pele do menino não é o único problema.

E por mais idiota que pareça, assistir Vincent tropeçando conversando com um monstro imaginário parecido com um Yeti, é algo muito mais profundo, é a personificação do seu EU mais íntimo que ele se envergonha em encarar. Um homem que sempre viveu à beira do limite da sanidade.

Com suspenses transparentes encerrando a maioria dos episódios, um ritmo fluido e a compulsão humana de descobrir o que aconteceu, os episódios voam, mas eu não diria que são fáceis de assistir.

"Eric" é mais do que uma série sobre um menino desaparecido. Ela explora a corrupção e a desumanidade, temas que permanecem na nossa mente mesmo após o fim.

Ela questiona por que somente algumas pessoas têm finais felizes e o que isso representa para aquelas que nunca alcançam justiça.

 

Curiosidades:

• Muitos dos elementos da trama ecoam o desaparecimento de Etan Patz na vida real. Ele foi visto pela última vez a caminho da escola. Seu pai era um criativo. Um homem conhecido da família que passou algum tempo no subsolo foi implicado.
• Dois outros paralelos com Etan - sua foto foi uma das primeiras apresentadas em uma caixa de leite e o ano de seu desaparecimento foi 1979 - foram dados a outro personagem da série que também desaparece.
• Etan Kilil Patz foi um menino que desapareceu em Nova Iorque no dia 25 de maio de 1979 enquanto se dirigia para a escola. Ele foi legalmente declarado morto em 2001 e tinha tinha apenas 6 anos de idade quando desapareceu. Seu corpo nunca foi encontrado.

 

Avaliações:

IMDB – 7,0

Rotten Tomatoes –  71%  

 

Onde assistir?

Eric está na Netflix com 6 episódios.